domingo, setembro 03, 2006

Encontrar o caminho certo a seguir pode ser um dom e deve ser feito com consciência, serenidade e verdade.

O percurso terrestre da humanidade e de cada um dos seres humanos engloba um ciclo de vivências que simultaneamente interagem umas com as outras e com as dos outros indivíduos. Se forem interacções verdadeiras e em amor, conseguem superar tudo e todos e permanecerão para sempre.
A vida é superada em várias fases, mas existe uma que marca e faz uma separação/ligação com todas as outras.
Todos nós somos crianças, adolescentes e jovens, fazemos um percurso escolar, social e religioso mais ou menos idêntico, atingimos a idade dos sonhos, das descobertas, da crença em que tudo é possível e da utopia de mudar o mundo com nuances mais ou menos agrestes. As responsabilidades são vividas em comunidades: família e grupos de pares. Na primeira tentamos a todo o custo quebrar tradições, ganhar autonomia e independência, na segunda olhamos para eles e queremos ser iguais, formar a nossa personalidade com base neles, muitas vezes acertamos, outras vezes não são os mais correctos, muitos vivem verdades e lógicas, religiosas e sociais, credíveis, muitos tentam a todo o custo fazer de nós marionetas de jogos sujos e perigosos. Durante esta fase fazemos os verdadeiros amigos para a vida, escolhemos um determinado percurso a percorrer e redescobrimos a família que algumas vezes tenha ficado esquecida. Actualmente, esta fracção do ciclo da vida, passa por três décadas maravilhosas e surpreendentes.
Eis que surge, a passos que o tempo permite, uma nova fase, que certamente irá englobar muitos outros percursos maravilhosos, e que deve ser aceite e vivida como um dom de Deus. O Mundo parece-nos mais real, estamos perante a linha que separa a juventude da idade para a juventude do coração e do espírito. O Mundo não é de todo contornável nem alterável. A responsabilidade assume-se como o papel preponderante e indissociável da riqueza humana. Não se inventa uma panaceia.
Olhar para trás transporta-nos à memória, que apenas nos deve ajudar a olhar para a frente. Não se torna a viver da mesma forma momentos anteriores. Tentar repeti-los? Deve ser feito com a consciência que servirá para descobrir coisas novas e que não serão iguais aos anteriores, pois cada momento é presente. É um presente de Deus a cada Homem e a cada Mulher, e os presentes não se devolvem, não se repetem e serão guardados com muito amor e carinho no nosso coração… nas nossas vidas.
Importa olhar para a frente, erguer a cabeça e seguir um caminho. Estamos amparados pela nossa personalidade, pela nossa vida, estamos amparados por Deus que nos diz que está sempre connosco.
A vida é um ciclo, cabe a cada um de nós interpretá-lo e sabe-lo viver. Cada a cada um de nós proporcionar encontros que ajudem a viver os outros. Cabe a cada um de nós não ter medo e pisar a Terra como árvores grandes, com raízes fortes, que não querem cair. Cabe a cada um de nós acreditar em Deus que, nos momentos mais difíceis, nos pega ao colo, ficando apenas um par de pegadas na areia.
Desanimar é proibido.
O ciclo da vida deve ser encarado com coragem, persistência, consciência, serenidade, verdade e amor. Para tal estarão sempre presentes a família e os amigos. Predisponham sempre.