quinta-feira, novembro 09, 2006

Já repararam quantas portas há na vossa rua? E quantas casa na vossa cidade? E quantas cidades, vilas, aldeias ou lugares encontram por esse país fora, pela Europa, por todo o planeta Terra?
É admirável quanta gente aparece todos os dias à nossa volta. Aparececem e desaparecem. Encontramo-nos e desencontramo-nos. Para com algumas esboçamos um sorriso, um cumprimento, atravessamos a rua, damos a mão. Mas quantas não há que passam ao nosso lado e nem nos apercebemos delas?
Quem anda por aí, por esse mundo fora, vê os mais diversos rostos. Rostos sábios, com o peso da idade, que muitas vezes até nos acenam. Rostos cheios de lucidez e de vida. Rostos tristes e outros alegres. Há milhões de seres humanos. Todos diferentes mas todos iguais. Cada um é único. Tem a sua personalidade. Mas também todos temos algo em comum: a Vida. Como é bela a vida. Como é belo viver. Cada dia, que se chama presente, é isso mesmo, um presente que nos é entregue. E o que fazemos quando nos dão um presente? Olhamos deslumbrados para ele, queremos tocar-lhe, abri-lo e explorá-lo ao máximo. É isto que acontece com cada amanhacer. Mas nem sempre gostamos dos presentes que nos dão, alguns não têm nada a ver connosco, ou até têm e ainda não sabemos porquê. Mas são dados com bondade, amor e carinho. São uma entrega do outro que se lembrou de nós. A vida é uma dádiva de Deus. Todos os dias se lembra de nós, vem ao nosso encontro e diz-nos: Bom dia! Aqui tens mais um presente! E nós ficamos maravilhados pois temos mais uma oportunidade para Lhe agradecer.
Mas infelizmente o Mundo anda de mal com a vida. Uns querem ser donos de tudo. Outros querem sobrepor-se a todos. E, claro está, os mais fracos são pisados e enxovalhados à frente do Mundo. Para que servem tantas guerras? Não só das grandes, com armas mortíferas, mas também das pequenas, do dia-a-dia, onde muitos de nós, e talvez todos nós, só queremos o que o outro tem. Não sabemos dar, mas sim tirar. Passamos a perna a quem vai a passo connosco e não nos apercebemos. Sim, a vida é uma correria, mas deve ser vivida na sua plenitude onde a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro. Onde ninguém, nem mesmo nós mesmos, tem direito a desperdiçá-la. A vida é bela. Bela demais. Aproveita-a. Vive-a. Ri, chora, corre, dá a mão, diverte-te, ama... E um dia serás recompensado por isso.

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