sexta-feira, julho 01, 2005

Aprender a dizer adeus...
Quando se deseja uma coisa, tem-se que renunciar a outra. Quem sabe se viver em plenitude não é uma despedida contínua do que fomos para acolher o que seremos.
Quando deixamos de ser crianças despedimo-nos do rapaz e da rapariga para dar as boas vindas ao homem e à mulher, o que constitui um acto de amor e generosidade. Faze-lo na nossa própria juventude para acolher o amadurecimento é sinal de reconhecimento do nosso próprio processo vital.
Terminar uma relação com um amigo, um companheiro, alguém que nos é íntimo, é ter aprendido a querer-se e a proteger-se a si próprio, para desfrutar daquilo que a vida nos pode dar.
E aquela relação pode ser familiar, íntima, social, profissional, religiosa...
Quanto maior for o conhecimento de nós próprios, quanto maior for a nossa capacidade de amar quando valorizamos o outro sem nos confundirmos com ele, quando não lhe exigimos mais do que aquilo que pode dar, quando reconhecemos quem nos faz mal e somos capazes de tirá-lo da nossa vida, temos amadurecimento para ir ao encontro de novas prespectivas e de talvez de novos desencontros com a vida e com os outros...

1 comentário:

Igor Costa disse...

Concordo, Spectrus. Ainda assim, acredito que, por vezes, é mais difícil terminar uma relação com o intuto de nos protegermos. É uma vantagem (?) dos animais. Esse instinto é elementar. Por isso sofremos tantas vezes. Por falta de coragem... Ou de (tanta) outra coisa...
Mas por isso somos humanos, também. Como dói, por vezes, ser humano. Contudo, é como (também) dizes: são actos de amor. E o amor é a face boa desta moeda tão dura...

Boa sorte para o blog, Spectrus.